Trabalhadores em educação de todas as regiões do Estado estão em Porto Velho desde a manhã desta quarta-feira (07/03) para participar dos protestos organizados pelo Sintero para chamar a atenção do governo e da sociedade para o caos em que se encontra a educação estadual. As caravanas do interior trouxeram quase mil trabalhadores para os eventos.
O movimento grevista que nesta quinta-feira completa duas semanas, deverá ser reforçado com a chegada de mais caravanas.
Os trabalhadores vieram preparados para passar vários dias em Porto Velho e até para acampar em frente ao Palácio do governo, se for necessário.
Pela manhã os grevistas se concentraram na Praça das Três Caixas D’Água, no centro de Porto Velho.
Na oportunidade foi feita uma avaliação do movimento em todo o Estado e atualizadas as informações sobre as negociações.
De acordo com os dados atualizados pelo presidente do Sintero Manoel Rodrigues, a greve tem a adesão média de 80% em todo o Estado. Algumas escolas estão funcionando precariamente com professores emergenciais e alguns em estágio probatório. Mesmo assim não tem limpeza, merenda e nem trabalho de secretaria porque os técnicos administrativos educacionais aderiram ao movimento.
À tarde está prevista a realização de uma passeata da Praça das Três Caixas D’Água até o centro comercial de Porto Velho. Os trabalhadores em educação devem se concentrar em frente ao Palácio do Governo, onde, às 15 horas, deverá ocorrer mais uma rodada de negociações.
Os trabalhadores em educação reivindicam, entre outros itens, 15% de reajuste salarial, uma reserva mensal de R$ 500 mil para pagamento da licença prêmio, o dobro das gratificações que são de R$ 150,00, R$ 130,00, e R$ 90,00, uma reformulação emergencial no Plano de Carreira para resolver problemas urgentes como o enquadramento de técnicos administrativos e professores, e o retorno do auxílio saúde de R$ 150,00 para os aposentados.
O governo oferece aumento de 6,5%, aumento de 20% nas gratificações, o que representa R$ 30,00 e R$ 26,00 para professores e R$ 18,00 para técnicos administrativos, e a reserva mensal de R$ 100 mil para pagamento da licença prêmio. Essa proposta do governo foi rejeitada por unanimidade.
O governo do Estado diz que as portas estão abertas à negociação, mas está praticamente irredutível na sua proposta.
Existe uma expectativa quanto à rodada de negociação prevista para a tarde desta quarta-feira.
A direção do Sintero, depois de analisar os números oficiais dos recursos da educação, verificou que o governo pode melhorar a proposta.
O governo alega que se aumentar os 6,5% teria que aumentar para todo o funcionalismo pelo princípio da isonomia, o que seria insuportável aos cofres públicos.
O Sintero propõe, então, a majoração das gratificações e o enquadramento no plano de carreira utilizando os recursos específicos dos 25% destinados à educação.
Fonte: ASSESSORIA
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